7 de fevereiro de 2021

 


41.


visito árvores

colho pedras,

o vento de passagem

recorda eras


nunca vividas;

ninguém sabe

a espécie de vida


que vive agora:

feita à mão,

comprada na loja


ao preço da liquidação

do final do ano,

 fazendo plano


para depois. Não

sabe a raiz enterrada

da espera


ou nada

sob a pedra.





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