3 de dezembro de 2019



27.



Ando ruim
mesmo, não paro
de escrever, assim
para se convencer

do sentido raro
e elevado que me dá
a escritura

que traz domesticado
para o lar
o cão da amargura

aparadas as unhas,
a carne que cheira
à alfazema

e se empalma
pela coleira, tão pequena
a alma

que talvez não valha
a pena.



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